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sábado, 5 de março de 2011
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Dengue e lepra ameaçam a economia de Mato Grosso

Dengue e lepra ameaçam a economia de Mato Grosso

Segundo especialista, doenças contagiam trabalhadores que vivem no Estado e afastam quem quer migrar para ele

Helson França, iG Mato Grosso

Na primeira década do século 21, a economia de Mato Grosso cresceu, em média, 10% ao ano, índice superior ao da maioria dos Estados brasileiros. Porém, a pujança está em risco – e o motivo não é a demanda pelos produtos feitos no Estado. Mato Grosso tem umas das mais altas taxas de infestação por doenças endêmicas do País. Além do aspecto humanitário, com mais gente doente e morrendo,  há uma questão econômica: um número bastante grande de pessoas tem de se afastar do trabalho e quem poderia migrar reluta mais em se mudar.

Foto: Reuters
Tratores cortam soja em fazenda em Mato Grosso: a agricultura impulsiona o desenvolvimento econômico do Estado

Doenças como dengue e a hanseníase (o nome científico da lepra) infectaram quase 50 mil pessoas em 2010. Parte da mão-de-obra morre ou tem de se afastar durante muito tempo das suas atividades. Além disso, a migração para o Estado de mão-de-obra qualificada, essencial para que Mato Grosso possa agregar mais valor aos produtos que produz, pode diminuir drasticamente: as pessoas podem pensar duas vezes antes de aceitar uma oferta de trabalho, alerta a professora de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, Marta Pignati.
“Os indicadores de doenças endêmicas são muito ruins. A coisa é muito séria e pode trazer consequências ruins para o Estado, com retaliações econômicas, inclusive”, observou a professora. “Há uma clara negligência na promoção e prevenção da saúde do homem. Preferem investir mais na saúde do boi e do porco”, criticou ela. Não há números oficiais sobre quantas pessoas perdem dias de trabalho por conta das doenças nem é possível estimar quantas pessoas deixam de migrar para o Estado por conta desse problema, mas os números de contágio dão uma idéia da gravidade do problema.
Das doenças endêmicas, a que mais assusta, de longe, é a dengue. O mosquito Aedes Aegypt, o transmissor da doença, que matou 64 pessoas em todo o Estado em 2010, encontra na maioria esmagadora dos municípios as condições favoráveis para a sua disseminação. A falta de coleta adequada de lixo, saneamento básico de qualidade e precariedade no abastecimento de água – que obriga os moradores a armazenarem o líquido em caixas d’água, muitas vezes sem tampá-las – ainda fazem parte da vida dos moradores do Estado.
O pior sistema de saneamento da Amazônia
Levantamento feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostra que Mato Grosso tem o pior sistema de saneamento básico dos Estados que compõem a Amazônia Legasábado, 5 de março de 2011

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